A poesia às vezes grita, grita muito,
Vira bicho, quer morder, arrancar pedaços.
Quebrar todos os ossos, torcer a pele feito pano
Ferir, fazer sangrar. E sangrar.
Chorar até cansar
Sair feito louca nas ruas. Nua.
Falando sozinha...
Sobre os que dormem
Dos sonhos que nunca acordam
De pássaros que rastejam
Das pedras que olham
De certos incertos, enfim...
Quando a descobrir assim, disforme, distorcida,
Compreenda.
É a única forma que ela tem de encontrar quietude.
3 comentários:
É sempre a poesia que nos salva.
Beijos
Denise
Os poemas têm esse dom de serenar e deixar tudo exposto e a flor da pele.
Um grande abraço e um excelente domingo!
quietude espantosa
da tua alma, poeta
...
beijo carinhoso...
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